As lentes intraocultares multifocais são uma novidade tecnológica que oferece a correção da visão em todas as distancias, especificamente para pacientes que apresentam catarata. Elas causam uma verdadeira mudança na qualidade de vida dessas pessoas.
Esses implantes resolvem em um único procedimento as dificuldades de visão que os pacientes apresentam, devido ao envelhecimento da lente natural dos olhos (cristalino), independente da patologia apresentada seja ela presbiopia, astigmatismo, hipermetropia ou miopia.
“A maior incidência de queixas relatadas pelos pacientes acima dos 40 anos é a presbiopia a popular ‘vista cansada’, que impede a focalização das imagens de perto, aumentando assim a necessidade do uso de óculos”, explica o oftalmologista Guilherme Kiill Júnior, do COHR – Centro Oftalmológico Humanizado de Referência.
Um estudo realizado pela Universidade de Valência, na Espanha, aponta que 87% da população apresenta algum índice de astigmatismo, limitando assim que este paciente tenha qualidade de visão, quadro que pode ser corrigido durante a cirurgia de catarata.
“Para que isso seja possível é necessário um procedimento cirúrgico com uma técnica moderna chamada de facoemulsificação, com incisões mínimas de 2.4 mm. É um procedimento rápido, seguro e o com pós-operatório tranquilo”, ressalta Guilherme Kiill Júnior.
Anteriormente a estas novas tecnologias multifocais e tóricas, eram usadas apenas correção para longe (monofocal) que após o procedimento fazia com que o paciente ficasse dependente de óculos, para leitura de perto. Assim, a disponibilidade destas tecnologias proporciona, ao paciente, uma visão de qualidade superior que permite a ele focalizar os objetivos com nitidez, independente de eles estarem próximos ou distantes, isso é, sem a necessidade do uso de lente de contato ou óculos.
Para o paciente realizar o procedimento de remoção do cristalino é necessário avaliação do oftalmologista, que através dos resultados dos exames específicos irá indicar o implante adequado a cada patologia. “Apenas para salientar, trata-se de um procedimento seguro, com baixo índice de complicações”, destaca Guilherme Kiill.
“A verdade é que, cada vez mais usamos o computador ou outros equipamentos eletrônicos, independente da idade que temos. Também precisamos ler as instruções dos caixas eletrônicos dos bancos, as etiquetas de preço, e claro ter o prazer de ler um livro ou outras publicações, seja para nos divertir ou informar. Diante de tudo isso, poder cumprir as tarefas sem precisar da ajuda de terceiros nos dá mais independência e bem-estar. Ter uma boa visão é garantir a qualidade de vida e o convívio social. Se os avanços tecnológicos têm nos dado essa oportunidade, devemos desfrutar e viver melhor”, conclui o oftalmologista.