O dia 26 de maio é marcado como “Dia Nacional de Combate ao Glaucoma”. Aproveitando a data, o COHR – Centro Oftalmológico Humanizado de Referência chama a atenção para esse problema, que pode ser controlado, proporcionando que as pessoas tenham qualidade de vida, desde que acompanhadas por profissionais que poderão indicar o melhor tratamento.
Com o tema “Um de nós tem glaucoma!”, a campanha destaca que uma em cada 50 pessoas com mais de 35 anos (geralmente quando aparece o problema), e três a cada 100 com mais de 65 anos, possui glaucoma. Uma forma rara da doença pode atingir crianças pequenas.
O glaucoma é causado principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, compromete a visão. Se não for tratado corretamente, pode levar à cegueira, que é irreversível.
A doença pode se apresentar como: crônica simples ou de ângulo aberto – que representa cerca de 80% dos casos, incide nas pessoas acima de 40 anos e pode ser assintomática. Ela é causada por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a pressão intraocular; de ângulo fechado – é o aumento súbito de pressão intraocular; congênito (forma mais rara) – que acomete os recém-nascidos; e o glaucoma secundário – decorrente de enfermidades como diabetes, cataratas, entre outras.
Quando está no início, o glaucoma dificilmente dá sinais, e a perda visual só é sentida em fases mais avançadas. Não existe uma maneira de reverter o quadro, mas é possível ter o controle e fazer a doença estabilizar. Para isso, em geral, são indicados colírios de uso contínuo. O objetivo do tratamento do glaucoma é diminuir a pressão ocular. Quanto antes o diagnóstico for feito, mais fácil será o tratamento, que evita a evolução do quadro. Faça sua parte e consulte com regularidade o seu oftalmologista, principalmente a partir dos 35 anos.
Quem tem familiares com o problema, deve redobrar os cuidados, pois o glaucoma tem bastante ligação com a hereditariedade.
SAIBA MAIS
– Hipertensão e diabetes podem aumentar o risco de glaucoma. Pesquisas apontam que o diagnóstico de diabetes tipo 2 aumenta o risco de glaucoma em 35%; e com hipertensão arterial a chance é maior em 17%. Mas, quando ambas condições estão presentes, a probabilidade de desenvolver glaucoma é de 48%.
– Seja consciente. O glaucoma é uma doença crônica, que terá que ser controlada por toda a vida. Siga as recomendações do seu oftalmologista quanto aos intervalos dos exames, e o uso correto dos colírios. Alguns deles podem causar efeitos colaterais, fazendo com que a pessoa desista de usá-lo. Nesse caso, jamais abandone o tratamento, procure seu médico e relate o acontecido, que ele o ajudará com outra indicação.
– Caminhada, natação e corrida ajudam na diminuição da pressão intraocular, favorecendo a irrigação sanguínea do nervo óptico. Movimente-se, para prevenir e controlar o glaucoma.